15 de março de 2008

Ode X


Ode X é um poema de Horácio do Sec I a.c. traduzido do grego pelo poeta Curitibano Paulo Leminsky (foto ao lado). Meu amigo e poeta Júlio Paulo Marcondes foi quem me apresentou o poema já musicado pelo Fernadinho (Fernado Delmonte). Era um blues fantástico com variações de tons maiores e menores. Fiz este arranjo para a gravação de meu primeiro disco: " Um dia, mais dias, bem mais...". A gravação foi feita no Estúdio Solo de Curitiba por Victor França e conta com Marcelo Solla (Guitarras e Voz), Fernando Delmonte (Violão), Gustavo Mascarenhas (Bateria) e Guilherme Sapo Joe no Baixo.


Ode X (ouça aqui)


Ode X
(Paulo Leminky)

Nem me pergunte,
Saber não presta Leocone
Que fim os deuses nos preparam
Nem arrisque em números de Babel
Como se fosse o máximo
O que vier fature
Se o pai te concedeu
Vários invernos e o último
Agora o Mar Tyrreno
Sepilha pedras de naufragar
Filtre o vinho, sorva os copos
Prazo breve, corta a espera
A era já era
A era, já era
Antes do tempo lhe dizer
Estamos conversados
Pegue este dia
Crer no próximo não vale um nihil.

Um comentário:

Ivan disse...

Auxiliando na revisão da transcrição:

Ode X
(texto original: Quinto Horácio Flaco [poeta latino] - tradução: Paulo Leminski)

nem me pergunte
saber não presta
Leoconoe
que fim os deuses nos preparam
nem arrisque
números de Babel
como se fosse o máximo - o que vier: fature
se o pai te concedeu vários invernos
ou o último
agora o mar tyrrheno cepilha pedras de naufragar
filtre o vinho
sorva os coos
prazo breve
corta
a espera
a era já era
antes do tempo de dizer
estamos conversados
pega este dia
crer no próximo
não vale um nihil

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